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Urbanismo CIDADE VIVA

OCUPAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS

Por Camilo Junqueira Prata

21/08/2024 às 18h30 Atualizada em 21/08/2024 às 19h09
Por: Camilo Junqueira Prata
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"Balançar é o melhor remédio para depressão. Quem balança vira criança de novo. Razão por que eu acho um crime que, nas praças públicas, só haja balancinhos para crianças pequenas. Há de haver balanços grandes para os grandes! Já imaginaram o pai e a mãe, o avô e a avó, balançando? Riram? Absurdo? Entendo. Vocês estão velhos. Têm medo do ridículo. Seu sonho fundamental e tá enterrado debaixo do cimento. Eu já sou avô e me rejuvenesço balançando até tocar a ponta do pé na folha do caquizeiro onde meu balanço está amarrado!" Rubem Alves
"Balançar é o melhor remédio para depressão. Quem balança vira criança de novo. Razão por que eu acho um crime que, nas praças públicas, só haja balancinhos para crianças pequenas. Há de haver balanços grandes para os grandes! Já imaginaram o pai e a mãe, o avô e a avó, balançando? Riram? Absurdo? Entendo. Vocês estão velhos. Têm medo do ridículo. Seu sonho fundamental e tá enterrado debaixo do cimento. Eu já sou avô e me rejuvenesço balançando até tocar a ponta do pé na folha do caquizeiro onde meu balanço está amarrado!" Rubem Alves

Em 2015, ao retornar para uma temporada em Campinas, participei da revitalização do Largo do Pará que devolveu ao próprio público as condições para ser frequentado por idosos, crianças e demais faixas etárias de moradores desta região do Centro campineiro. 

Nossa participação deu-se através de um grupo noturno de caminhada e corrida mantido pela Academia Rio Branco instalada em frente à praça na avenida Francisco Glicério. A ocupação do espaço público, iniciativa do comércio/comunidade, deparou com necessidades estruturais que conduziram ao acionamento da gestão pública por meio da solicitação de serviços que durou um ano aproximadamente. Tratavam de reparos de forma geral: do calçamento à iluminação da praça. Ao final do processo foi um sucesso, garantindo o retorno da convivência comunitária antes prejudicada inclusive no período diurno e abrindo caminhos para a promoção da qualidade de vida dos moradores do entorno. 

Nos últimos dias, estive em Campinas e pude desta vez presenciar a iniciativa da administração municipal no Jardim Proença. Um movimento, portanto, diferente de 2015 com relação ao protagonismo no espaço público e convidando a população a ocupá-lo: a instalação de academias ao ar livre, ciclovias e passarelas no canteiro central da avenida principal do bairro, a Princesa D'Oeste. Até 2020, quem era do Proença tinha que contar com a estrutura do Cambuí, bairro vizinho, que possuía as instalações no canteiro central da avenida principal do bairro, a "Norte/Sul". 

A surpresa e a admiração, com tudo que presenciei, resgataram o meu passado na cidade e, principalmente, a lembrança da inesquecível e ousada sugestão do Rubem Alves sobre espalhar balanços para adultos nas praças públicas garantindo alegria, saúde mental e qualidade de vida. Ao mesmo tempo, fez-me lembrar da série "Ciclovias" da extinta página "Guaíra em Pauta", de junho de 2021, em que junto com a comunidade guairense apontamos 5 localidades que se beneficiariam de ciclovias no município na contramão da proposta única e governamental de instalar uma ciclovia na marginal do Parque Maracá, a Av. Gabriel Garcia Leal.

Mais detalhes no perfil Blog do Camilo (Instagram), nos destaques. Para quem for candidato(a) a vereador(a) e quiser conhecer mais e, quem sabe, abraçar a causa, estou a disposição.

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