Com entusiasmo, muitos guairenses aguardam o aniversário de 100 anos de Guaíra em 2029. Neste Dia de Finados, é relevante lembrar os 115 anos do nosso Cemitério Municipal.
Esta informação exige que ampliemos nossas referências - as margens da história - ou encontremos com a pré-história do nosso município. Quem aqui habitava ou por aqui passava? Quem mantinha a estabilidade e a ordem do povoado?
Em 1908, o Sr. Joaquim Justino de Lima doou as terras para a instalação do nosso cemitério. Além de proprietário de terras, possuía o título de Capitão e exercia o juizado de paz, promovendo mediações e conciliações onde houvesse conflitos. Viveu 95 anos, casou-se três vezes e deixou uma frondosa árvore de descendentes, da qual sinto orgulho de situar no ramo “Prata de Lima” dentro do tronco “Osório de Lima”. Foi reconhecido em duas homenagens póstumas: seu nome na antiga ponte do Rio Pardo que ligava Guaíra à Barretos (estrada de terra) e na pracinha do Velório Municipal.
Para além da dor e da tristeza que atravessa o assunto, enterrar os nossos entes queridos, garantindo o culto dos nossos antepassados, é marco civilizatório na história da humanidade. É pura evolução!
Que possamos festejar o centenário de Guaíra, lembrando os fundadores de 1929, mas sem esquecer os benfeitores que vieram antes e depois também. O que se defende aqui é uma história guairense dos grandes homens e obras no lugar da mera história política ou da sucessão de políticos no poder.
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